05 novembro 2008

CRUZEX RECEBE IMPRENSA E MOSTRA DIA-A-DIA DA GUERRA SIMULADA

A direção da Operação Cruzeiro do Sul (Cruzex 2008) recebeu nesta quarta-feira (5) jornalistas locais, nacionais e estrangeiros para mostrar o dia-a-dia da guerra simulada que teve início no último sábado (1º). Chamada de Media Day, a visita da imprensa serviu para a apresentação do funcionamento das bases montadas em Natal (RN) e Fortaleza (CE) e do trabalho dos 2324 militares e civis envolvidos no treinamento.
O co-diretor de Exercício da Cruzex IV, brigadeiro Egito, explicou que o principal objetivo da guerra simulada é promover uma integração entre as nações que participam do treinamento. “Nós montamos a força de coalizão que está instalada em Natal e a força opositora, que está em Fortaleza”, disse.
De acordo com o brigadeiro Egito, a força opositora é representada pela cor vermelha e a de coalizão azul. “Nessa guerra, o país vermelho invadiu o amarelo, que fica em um território próximo a cidade de Mossoró. Com isso, o país azul montou uma força de coalizão para retomar essa área”, afirmou.
O comandante da 3ª Força Aérea de Brasília, brigadeiro Machado, que participa da Cruzex, informou que a Aeronáutica teve uma grande preocupação em tornar o treinamento real. “É muito difícil planejar uma ação dessa para que os participantes se sintam realmente em uma guerra, por isso, mobilizamos uma estrutura tão grande”.
Os diretores da Operação Cruzeiro do Sul apresentaram ainda os setores de planejamento e execuções das táticas usadas na guerra. Brigadeiro Machado destacou: “o treinamento é simulado, mas os vôos são reais. Para isso, é preciso planejamento aéreo”.
De acordo com o brigadeiro Egito, co-diretor de Exercício, “esse tipo de treinamento é uma forma de adaptação à modernidade e isso está funcionado. Em relação às outras edições da Cruzex, por exemplo, nós evoluímos bastante. Um software desenvolvido na Argentina tem possibilitado aos pilotos saber se eles cumpriram ou não um ataque a algum ponto terrestre”.
O co-diretor de Exercício da Cruzex IV frisou ainda que para a próxima edição da guerra simulada a expectativa é que o treinamento se torne ainda mais real. “Existe um sistema nos Estados Unidos que permite ao piloto de uma aeronave saber se ele obteve êxito em um confronto aéreo. Nós ainda não temos essa tecnologia no Brasil, mas, na próxima Cruzex talvez teremos”.
Em entrevista coletiva, no fim da manhã, o comandante-geral da Operação Cruzeiro do Sul, brigadeiro Sandir, destacou Natal como uma cidade de condições climáticas e estruturais ideais para um exercício de guerra. “Nós encontramos aqui condições muito favoráveis, tanto que este é o segundo ano que a Cruzex é realizada aqui. Além disso, não descartamos a possibilidade de termos outras edições do treinamento em solo potiguar”, disse.

Na tarde desta quarta-feira, está programado um vôo com cinegrafistas e fotógrafos na aeronave C-130 Hércules, para realização de imagens aéreas das aeronaves participantes da Operação.

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