Estudo mostra que, em doses elevadas,a ansiedade aumenta em até 43% o risco de um homem saudável ter um infarto.
Hipertensão, diabetes, tabagismo, obesidade, depressão. À já extensa lista de fatores de risco para a saúde do coração, a ciência agora acrescenta mais um: o excesso de ansiedade. Um estudo da Universidade do Sul da Califórnia, divulgado na semana passada, mostrou pela primeira vez que, em altas doses e de maneira crônica, a ansiedade é suficiente para provocar infartos até mesmo em indivíduos que não pertencem a nenhum grupo de risco associado a doenças cardíacas. Morrer de ansiedade, portanto, não é apenas uma expressão: trata-se de uma possibilidade real. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores acompanharam por doze anos um grupo de 735 homens saudáveis. Com idade média de 60 anos, eles tiveram seus hábitos monitorados por questionários e foram submetidos a exames médicos periódicos. A metodologia permitiu aos pesquisadores avaliar o efeito da ansiedade sobre o coração de duas formas: isoladamente e em conjunto com outras variáveis, como hábitos de comportamento e índices metabólicos. O resultado do trabalho mostrou que os indivíduos excessivamente ansiosos – com ou sem outras características que elevam a propensão a doenças cardíacas – têm entre 31% e 43% mais probabilidade de sofrer um infarto do que pessoas com um grau de aflição normal.
Quando os pesquisadores se referem a "indivíduos excessivamente ansiosos", não estão falando, evidentemente, daqueles cujos batimentos cardíacos aceleram diante da visão do ser amado ou dos que sentem os músculos tensionarem em situações de grande stress. A ansiedade exagerada é definida por um conjunto de características e comportamentos específicos que foram descritos em 1942, por um grupo de pesquisadores da Universidade de Minnesota. Eles dividiram os ansiosos em quatro grupos: fóbicos, somatizadores, psicastênicos e introvertidos. Os primeiros se caracterizam por um medo irracional e exagerado de determinados objetos ou situações. Os segundos são aqueles que, em momentos estressantes, demonstram sintomas físicos, como falta de ar, diarréia e forte taquicardia. O terceiro grupo, o dos psicastênicos, é formado por indivíduos com pensamentos obsessivos e compulsões absolutamente irracionais. O quarto grupo é o dos introvertidos – pessoas que se sentem inseguras ou extremamente desconfortáveis quando precisam interagir socialmente. Desses quatro tipos, os fóbicos são os que estão mais sujeitos a infartos, segundo o estudo da Universidade do Sul da Califórnia.
A ansiedade exagerada é um transtorno psicológico que atinge 12 milhões de brasileiros. Para os que têm propensão ao problema, especialistas recomendam terapia e atividades físicas. "As melhores são aquelas que, em vez de estimular a competição, induzem ao relaxamento e ao convívio com outras pessoas", afirma o cardiologista Ibraim Pinto. Apaziguar o coração, diz ele, ajuda a conservá-lo. O que era intuição popular ganhou o aval da medicina.
Hipertensão, diabetes, tabagismo, obesidade, depressão. À já extensa lista de fatores de risco para a saúde do coração, a ciência agora acrescenta mais um: o excesso de ansiedade. Um estudo da Universidade do Sul da Califórnia, divulgado na semana passada, mostrou pela primeira vez que, em altas doses e de maneira crônica, a ansiedade é suficiente para provocar infartos até mesmo em indivíduos que não pertencem a nenhum grupo de risco associado a doenças cardíacas. Morrer de ansiedade, portanto, não é apenas uma expressão: trata-se de uma possibilidade real. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores acompanharam por doze anos um grupo de 735 homens saudáveis. Com idade média de 60 anos, eles tiveram seus hábitos monitorados por questionários e foram submetidos a exames médicos periódicos. A metodologia permitiu aos pesquisadores avaliar o efeito da ansiedade sobre o coração de duas formas: isoladamente e em conjunto com outras variáveis, como hábitos de comportamento e índices metabólicos. O resultado do trabalho mostrou que os indivíduos excessivamente ansiosos – com ou sem outras características que elevam a propensão a doenças cardíacas – têm entre 31% e 43% mais probabilidade de sofrer um infarto do que pessoas com um grau de aflição normal.
Quando os pesquisadores se referem a "indivíduos excessivamente ansiosos", não estão falando, evidentemente, daqueles cujos batimentos cardíacos aceleram diante da visão do ser amado ou dos que sentem os músculos tensionarem em situações de grande stress. A ansiedade exagerada é definida por um conjunto de características e comportamentos específicos que foram descritos em 1942, por um grupo de pesquisadores da Universidade de Minnesota. Eles dividiram os ansiosos em quatro grupos: fóbicos, somatizadores, psicastênicos e introvertidos. Os primeiros se caracterizam por um medo irracional e exagerado de determinados objetos ou situações. Os segundos são aqueles que, em momentos estressantes, demonstram sintomas físicos, como falta de ar, diarréia e forte taquicardia. O terceiro grupo, o dos psicastênicos, é formado por indivíduos com pensamentos obsessivos e compulsões absolutamente irracionais. O quarto grupo é o dos introvertidos – pessoas que se sentem inseguras ou extremamente desconfortáveis quando precisam interagir socialmente. Desses quatro tipos, os fóbicos são os que estão mais sujeitos a infartos, segundo o estudo da Universidade do Sul da Califórnia.
A ansiedade exagerada é um transtorno psicológico que atinge 12 milhões de brasileiros. Para os que têm propensão ao problema, especialistas recomendam terapia e atividades físicas. "As melhores são aquelas que, em vez de estimular a competição, induzem ao relaxamento e ao convívio com outras pessoas", afirma o cardiologista Ibraim Pinto. Apaziguar o coração, diz ele, ajuda a conservá-lo. O que era intuição popular ganhou o aval da medicina.
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