As estratégias têm embasamento na realidade. Dilma, por exemplo, tem em todas as pesquisas menos intenção de votos entre as mulheres do que entre os homens, em alguns casos a diferença chega a dez pontos percentuais. Não por acaso, a petista tem investido em participações em programas femininos. Esteve com a apresentadora Luciana Gimenez, onde cozinhou um omelete. Em entrevistas de rádio, sempre coloca sua condição de mulher na disputa.Serra participou de vídeo postado no site tucano “Mobiliza” fazendo campanha para que jovens entre 16 e 17 anos tirem seus títulos de eleitor. O grupo de votantes nessa faixa foi reduzido de 2,03% para 1,34% do total de eleitores entre a última disputa presidencial em 2006 e março de 2010.
Mas o PSDB busca os votos dos sub-30 anos. Neste fim de semana, o partido organizou com DEM e PPS (em alguns lugares PP e PTB também participaram) encontros em todos os estados com a presença de jovens filiados. A programação oficial era discutir programas de governo para jovens, mas a política esteve muito presente: o tema principal foi a mobilização por meio da internet e nas ruas para garantir votos a Serra. “A internet é fundamental nessa campanha e vamos apresentar para a juventude porque votar em nosso candidato”, afirmou o deputado estadual Bruno Covas, presidente nacional da juventude tucana.
Reportagem desta semana em VEJA, mostra que Marina Silva tem conseguido o apoio dos “marineiros”, especialmente os jovens. Segundo especialistas, é Marina que tem um discurso mais próximo da juventude. Ela, por exemplo, não faz referências à militância contra a ditadura, constantes das biografias de José Serra e Dilma Rousseff e que tendem a provocar efeito zero, quando não rejeição, nessa parcela do eleitorado.
(Fernando Mello)
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