07 março 2009

MATÉRIA PUBLICADA HOJE NOS JORNAIS DO BRASIL E DO EXTERIOR, DESTACAM CASO DA CRIANÇA ESTRUPADA EM PERNAMBUCO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou ontem a Igreja Católica, por causa da decisão do arcebispo de Recife e Olinda, Dom José Cardoso Sobrinho, de excomungar médicos e a mãe da menina de 9 anos de Alagoinha (PE) que fez aborto após ser estuprada pelo padrasto e engravidar de gêmeos. O Vaticano e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), porém, apoiaram a decisão do arcebispo. O padrasto não foi excomungado pela Igreja, e Dom José alegou que o aborto é “crime mais grave que o estupro”.“Como cristão e como católico, lamento profundamente que um bispo da Igreja Católica tenha um comportamento conservador como esse. Acho que, neste aspecto, a medicina está mais correta do que a Igreja”, disse o presidente, após lançamento do Território de Paz, na periferia de Vitória. Para Lula, preservar a vida da menina era o mais importante. Ele disse que o caso reflete um “processo de degradação da estrutura da sociedade”. MENINA PASSA BEMA menina recebeu alta ontem e passa bem, após ter interrompido a gravidez quarta-feira em uma maternidade do Recife (PE). O padrasto, que está preso, confessou que há três anos abusava dela e da irmã mais velha, de 14 anos, que tem problemas físicos e mentais.O caso teve repercussão internacional. O jornal americano ‘New York Times’ destacou a excomunhão, assim como o italiano ‘Corriere Della Sera’ e o francês ‘Le Figaro’. ‘El Pais’, da Espanha, disse que o aborto contrapôs Igreja e Estado. Veículos de outros países também publicaram a notícia.

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