O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) requisitou à direção do Senado que a servidora Sânzia Maia, esposa do ex-diretor Agaciel Maia, seja transferida da Gráfica da Casa para trabalhar em seu gabinete. A requisição ainda não foi publicada do Boletim Administrativo de Pessoal, mas o parlamentar confirmou o pedido. O senador informou que Sânzia ocupará o cargo de consultor legislativo que estava vago no gabinete e não receberá benefício algum além do salário que ela já recebe como servidora efetiva da Casa.Papaléo contou que outro servidor do Senado lhe contou sobre o caso de Sânzia, que temia ser constrangida pelos colegas por ser esposa de Agaciel, exonerado do cargo de diretor sob denúncia de que teria ocultado da Justiça um casa avaliada em R$ 4 milhões. Maia também responde a processo administrativo pela acusação de ter mantido em sigilo atos administrativos que foram editados para, entre outras coisas, contratar parentes de senadores.Ao saber do caso, o senador diz ter ficado "sensibilizado" e pediu que Sânzia fosse ao seu gabinete para perguntar se ela gostaria de trabalhar com ele. Sânzia está de licença do Senado e, de acordo com Papaléo, voltará à Casa na próxima semana, já lotada em seu gabinete.Papaléo Paes é aliado do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e foi o único parlamentar tucano a não defender a saída do peemedebista do cargo. Porém, o senador disse que Sarney não sabe sobre a contratação de Sânzia e que agiu de forma "independente" no caso. "Se fosse pedido político não aceitaria. A nomeação dela tem a ver com a minha formação humanitária. Ela não estava se sentindo bem no ambiente da gráfica", disse.O senador também afirmou que Agaciel Maia não intercedeu pela transferência da esposa. "Fico revoltado com esta inquisição que estão fazendo. Imagina se eu cometo um erro e por isso minhas filhas ou minha esposa não conseguem mais emprego? Só achei injusto jogarem para cima dela a culpa de um erro do marido", disse. "Agaciel ganhou minha simpatia na primeira vez que eu o vi, ele me tratou excelentemente bem. Ele pode estar errado no caso dos atos secretos, mas vou esperar o julgamento."
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