03 novembro 2008

FAB COMANDA OPERAÇÃO CRUZEX IV QUE COMEÇA AMANHÃ E REÚNE MILITARES DE DEZ PAÍSES NO RN

Mirage 2000 - Modelo Francês adquirido pela FAB.
A Força Aérea Brasileira (FAB) coordenará a partir de amanhã, sábado, 1°, no Rio Grande do Norte, o maior exercício de combate aéreo combinado da América do Sul, denominado Operação Cruzeiro do Sul IV (Cruzex IV), que irá contar com a participação das Forças Aéreas da França, Argentina, Chile, Uruguai e Venezuela. Terá ainda a participação de observadores das Forças Aéreas da Colômbia, Espanha, Peru, Estados Unidos e Paraguai.
A Cruzex IV ocorrerá até 14 de novembro na Região Nordeste abrangendo os Estados de Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte. Mais de 50 aeronaves brasileiras e cerca de 40 estrangeiras participarão diretamente da guerra simulada, sendo que a Força Aérea de Coalizão, composta por aeronaves da FAB e de diversos países, terá como quartel general a Base Aérea de Natal, no Rio Grande do Norte. A Força Aérea Oponente, formada apenas por aviões da FAB, vai operar a partir da Base Aérea de Fortaleza, no Ceará.
O exercício tem o objetivo principal de treinar as Forças Aéreas envolvidas no planejamento de operações combinadas com países aliados, assim como treinar militares da FAB para operar dentro da mais moderna estrutura de comando e controle unificado do poder aéreo, nos mesmos moldes utilizados pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em conflitos internacionais. Em complementação, incrementa o intercâmbio de experiências e o clima de confiança mútua entre os países participantes.
Estarão envolvidos diretamente na Operação cerca de 1800 militares brasileiros e 600 estrangeiros. Este contingente será apoiado por um amplo sistema de logística que envolve: comunicação, alimentação e até mesmo um Hospital de Campanha Tático (HCAMP), capaz de realizar atendimento médico e cirúrgico de caráter emergencial.

Início

A primeira edição da Cruzex aconteceu em Canoas (RS) em 2002 e envolveu cerca de 50 aviões da Argentina, Brasil, Chile e França. Em 2004, a segunda operação simulada foi realizada em Natal. O número de aviões dobrou e, em vez de chilenos, contou com a participação de militares venezuelanos. Peru, Uruguai e África do Sul participaram como observadores.
A última edição foi realizada em Anápolis (GO) e em Campo Grande (MS) em 2006 e ficou marcada por um trágico episódio: um avião da Força Aérea Peruana sofreu um acidente logo após decolar do Aeroporto Internacional Jorge Teixeira, em Porto Velho (RO), com destino a Anápolis, onde se juntaria aos demais participantes. Os dois pilotos do avião A-37 morreram.
A Cruzex é fundamental para que todo o sistema de comunicação da Força Aérea esteja preparado para conduzir uma operação de guerra. Foi na Cruzex 2002 onde todos os caças da FAB foram abatidos pelos franceses que indicou a necessidade de novo pensamento estratégico e doutrinário para a FAB , que já na Cruzex 2006 conseguiu abater os aviões franceses sem ser identificados pelos atacantes. O modelo do exercício é similar ao de uma operação empregada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

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