25 maio 2008

INTERVINIÊNCIA DOS CACIQUES E SUAS LEGENDAS ESTADUAIS,EMPOBRECEM LIDERANÇAS NO INTERIOR

Outro dia fiz uma matéria falando da falta de grandes lideranças políticas nos interiores do estado a exemplo, disse que Jardim do Seridó era hoje uma cidade que falta comando político.
Vamos colocar algumas perguntas no ar!:
Porque os diretórios estaduais estão intervindo nos municípios, chegando a definir quem deve ser candidato, quem deve se coligar com quem etc?.
Porque os diretórios municipais chegam ao cúmulo dessa subserviência e aceitam tudo que vem de cima para baixo?
Porque o eleitor não se manifesta mais?, ficando apenas como meros espectadores dos interesses da classe política majoritária?
Se o Tribunal Regional Eleitoral reúne políticos e sociedade para expor direitos e obrigações de candidatos, sem falar da lei de responsabilidade fiscal, que proíbe gastos e doações nas campanhas, o que deixa todos iguais no processo de campanhas, porque ainda essa subserviência?
O eleitor ainda é a peça mais importante, é quem ainda tem em suas mãos a força e a condução das mudanças que possam ser melhor para seus municípios, ele é quem escolhe, ele é quem pode através de testemunhas denunciar atos corruptivos de candidatos e é ele, o eleitor, quem deve escolher livremente o melhor para seu município.
Em um passado não muito distante, fui totalmente expurgado pelos que se diziam defensores do PMDB de Jardim, quando não concordava com pessoas que não tinham nenhum compromisso com o povo de minha cidade e passei a apoiar o sistema governista comandado por Edson Medeiros e Manoel Paulino. O que vejo hoje, quem me expurgou no passado, hoje convive pacificamente e já assumiram até secretarias do sistema governista.
Será que vão dizer que isso é democracia? E minha decisão por não concordar com jogos sujos de interesses pessoais, que em nada somavam em prol do povo de minha terra? Foi o que dizem até hoje, como se eu fosse um traidor da consciência do povo?.
O que nos leva a pensar, é que os pretensos candidatos estão flutuando em águas caudalosas sem encontrarem rápido em quem se segurarem e vão naufragando, até o último instante em que chega o salvador e joga o que a maioria querem e esperam para suas sobrevivências.
Lideranças não são feitas com acordões, lideranças não são feitas ouvindo a cada quatro anos, políticos que por ali passaram pedindo votos e se quer se fizeram presentes no município nas festas de padroeiras.
Não, lideranças se constituem o tempo todo no meio do povo, sofrendo, enfrentando e lutando pelos anseios de sua gente. Lideranças, não se buscam, se constroem com o povo e pelo povo, sem maiores interesses, a não ser o do bem servir. Agindo assim, o político não precisa de acordo, não precisa de apoio que seja proibido por lei, pois é o seu trabalho no convívio diário com a comunidade, o maior instrumento de apoio de sustentação de sua base e para torná-lo uma liderança, pois é isso que os municípios estão carentes. Minha opinião de seridoense.
E-mail: francisquinhooseridoense@gmail.com

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