Desde que assumiu a diretoria do Hospital Walfredo Gurgel, em março do ano passado, José Renato Brito Machado está implementando mudanças na unidade. Depois de reencaminhar os pacientes de média e baixa complexidade aos postos de saúde do município, agora a direção quer acabar com ambulancioterapia.
A partir desta quinta-feira (1º), as prefeituras que enviarem pacientes ao Walfredo terão que ligar antes para saber se há vagas. Um dos responsáveis pela implementação da Portaria 118, que pretende evitar que os hospitais mandem pacientes para a capital sem comunicação prévia, José Renato quer acabar com o aglomerado de pacientes nos corredores do hospital.
Ele esclarece que, após a determinação de não atender serviços ambulatoriais do município de Natal, o gasto mensal de R$ 7 milhões diminuiu, porém não soube afirma em quanto. Embora lembre que, se o hospital continuar a receber a demanda de todo o estado, nunca conseguirá planejar o orçamento.
Somente em abril, dos 9.865 pacientes recebidos na unidade, 3.198 vieram do interior. Na visão de Renato, as mudanças não foram abruptas e explica que as conversas com a Secretaria Municipal de Saúde demoraram seis meses e não obtiveram resultado, sendo preciso assim apelar para o Ministério Público. Em relação aos pacientes do interior, as negociações estão mais difíceis, mas ficaram a cargo da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap).
Com a Portaria, as unidades de saúde nos municípios passam a ter a responsabilidade de fazer o contato prévio (direto ou por telefone) com o hospital para onde o paciente for destinado, informando as suas condições clínicas e explicando as razões do encaminhamento. Serão utilizados Formulários de Encaminhamento em todas as transferências. As unidades básicas de saúde e os hospitais deverão ainda atualizar seus dados nas unidades de regulação diariamente, informando sobre as vagas disponíveis.
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