
Todos os médicos da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) devem entrar em greve nos próximos dias. Pelo menos é o que espera o presidente do Sindicado dos Médicos (Sinmed), Geraldo Ferreira.“A paralisação dos clínicos do Hospital Walfredo Gurgel é apenas um estopim para iniciar o movimento com todos os médicos. Estamos nas articulações, mas sábado (16) é apenas no Walfredo”, declarou. Nesta quarta-feira (13), o Sinmed anunciou que os clínicos do Walfredo irão paralisar as atividades no próximo sábado (16) por falta de condições de trabalho, de profissionais para preencher as escalas e o baixo valor pago pela gratificação de produtividade. Segundo Geraldo Ferreira, a gratificação paga as outras especialidades, que em sua maioria é médico terceirizado, é quatro vezes o valor oferecido a um clínico do estado. “Enquanto o clínico ganha em torno de R$ 800, as outras especialidades que chegam aos R$ 3 mil”, explicou. Pegando carona na interrupção das atividades dos profissionais do Walfredo, o Sindicato vai mobilizar toda a classe médica do estado para uma greve geral. “Acoplamos o plano do Sinmed por reajuste nessa história”, afirmou Geraldo Ferreira. De acordo com o presidente do Sindicato, o Governo do Estado contratou os serviços terceirizados de especialista pagando quatro vezes do que aos médicos do estado. A situação estaria “gerando um desconforto”, porque o servidor está ganhando R$ 2 mil por seis plantões de 12 horas, enquanto os terceirizados recebem R$ 1.400 por um plantão de 12 horas. Ao todo são 1.600 servidores médicos do estado. Conforme explicou Geraldo, o sindicato há um mês vinha conversando com a secretaria sobre as reivindicações dos clínicos do pronto-socorro e dos demais profissionais, mas por falta de posicionamento do órgão optou pela greve. A Sesap marcou para segunda-feira (18) uma reunião com os médicos.
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