13 janeiro 2010

PRESIDENTE DO SUPREMO GILMAR MENDES DIZ QUE OBRA DE ZILDA ARNS HONROU O BRASIL

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, divulgou nesta quarta-feira nota em que lamenta a morte da fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns, 75 anos, no Haiti. "O Supremo Tribunal Federal manifesta profunda consternação ante a dolorosa perda da dra. Zilda Arns, cuja admirável obra em prol de milhões de pessoas de todas as nacionalidades honrou o Brasil e orgulhou os brasileiros", diz.
Zilda estava em missão humanitária na capital haitiana, Porto Príncipe, e morreu soterrada após o terremoto de magnitude 7 na escala Richter que atingiu o país nessa terça-feira.
"Para além dos incontestes resultados de obra tão superlativa, voltada inteiramente a causas humanitárias, à proteção e ao bem-estar dos mais desfavorecidos, a influência desse marcante exemplo de desvelo, abnegação e amor ao próximo, sempre associado à bonomia, competência e humildade, há de repercutir perenemente na formação moral e ética dos brasileiros - e, portanto, na construção de um país mais justo e solidário, sonho pelo qual dedicou toda a vida", completa.
Terremoto
Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.
Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. No entanto, devido à precariedade dos serviços básicos do país, ainda não há estimativas sobre o número de vítimas fatais nem de feridos. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.
Morte de brasileiros
A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, e militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto no Haiti.
O ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o Haiti após o terremoto que devastou o país nesta terça-feira. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t de alimentos e água para a população do país. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas.
O Brasil no Haiti
O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.
A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

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