16 janeiro 2010

FOME E SEDE FAZEM POPULAÇÃO EXPLODIR EM BUSCA DA SOBREVIVÊNCIA

Três dias após o terremoto que destruiu a capital haitiana, a sede e a fome empurraram a população para a violência. O dia de ontem (15) foi marcado por inúmeros saques a mercados ou a qualquer lugar onde se possa encontrar água potável ou comida. Em meio a um cenário desolador, que remete a uma situação de guerra. A insegurança é total, no centro da cidade a população se enfrenta para buscar comida soterrada pelos escombros de supermercados que ruíram com o terremoto da última terça-feira que atingiu 7 pontos de magnitude. Gangues começaram a atacar pessoas que estavam nos acampamentos formados em vários pontos descampados e praças de Porto Príncipe.
Houve ação militar para segurança na região portuária, no centro e em Bel-Air, bairro mais destruído pelo terremoto, mas não foi suficiente para conter os saques. Um armazém do Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas (ONU) foi saqueado.Na área mais afetada, Bel-Air, muitos corpos ainda estão nas ruas, e o trabalho de remoção dos escombros ainda não começou a ser feito. Há corpos amontoados em vários pontos da capital. Com o passar das horas, o estado de putrefação avança e o mal cheiro aumenta, misturado com a poeira.

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