Um dia após Wilma Maria de Faria contestar o envolvimento do seu nome em investigações de fraudes no Detran/RN, o Ministério Público voltou a reforçar as denúncias que envolvem o nome da ex-governadora em ações ilícitas.
Através de nota, o MP declarou ser "comum que investigados, confrontados com fortes indícios e evidências de sua participação e m ilícitos procurem desviar o foco do noticiário, por meio da desgastada estratégia de tentar acusar e desafiar o órgão investigador".
A ex-governadora classificou como ato de má fé por parte do Ministério Público o envolvimento do seu nome na operação Sinal Fechado, deflagrada na quinta-feira passada. Para ela, "não há na peça acusatória nenhuma denúncia que exija (
) pelo menos uma explicação".
O posicionamento do Ministério Público diverge da opinião de Wilma. Para os promotores de Justiça, "todas as menções a Sra. Wilma de Faria e ao advogado Lauro Maia constantes nas petições advém de informações obtidas a partir de diálogos mantidos entre os investigados, que de forma expressa registram tais pessoas como beneficiárias das ações da organização criminosa".
A nota prossegue: "Não há uma única afirmação feita pelo Ministério Público que não esteja baseada em elementos de evidências e provas". A investigação de nove meses do MP, apontou que o advogado Lauro Maia supostamente recebeu vantagem indevida ("propina") de George Anderson Olímpio da Silveira, apontado como líder da suposta organização criminosa.
De acordo com os promotores de Justiça, o interrogatório do empresário José Gilmar Carvalho Lopes, o Gilmar da Montana, concretiza o envolvimento de Wilma e Lauro Maia no suposto esquema criminoso. "O interrogatório do investigado José Gilmar de Carvalho Lopes, tomado no dia da operação, (
) corrobora a prova e evidências até então conhecidas, reforçando ainda mais o que já havia sido apurado".
Em depoimento, Gilmar afirma que George Olímpio ofereceu promessa de "vantagem indevida à investigada Wilma Maria de Faria, consistente em cota de 15% da sua parcela nos futuros lucros do Consórcio Inspar". A vantagem era oferecida como "forma de garantir a vitória do consórcio supostamente criminoso na licitação para a inspeção veicular no RN.
Os promotores de Justiça encararam a reação de Wilma como "humana, natural e esperada" dada a "magnitude dos fatos".
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