01 novembro 2011

TEMOS SIM, QUE DEIXAR NOSSO GRITO PRESO NA GARGANTA SAIR


Fotos: Francisco Oliveira

C O M E N T Á R I O:

Temos que falar sim, pois tenho a mais absoluta certeza que muitos no Rio Grande do Norte, comungam com o mesmo pensamento, tenho certeza que muitos se indignaram, muitos sofreram, choraram e sentiram, cada um, contido dentro do seu próprio sentimento, a perda do Estádio machadão em Natal.

Essa é uma imagem triste para muitos, para quem foi atleta dos clubes profissionais, para os amadores que um dia pisaram um dos mais famosos tapetes verdes do futebol brasileiro, para os torcedores, em fim, para os amantes do esporte do RN.

Não é somente reverenciar um novo estádio, até por que as lágrimas dos choros ainda não estão enxutas nos rostos de todas as pessoas que sofrem essa perda para o esporte potiguar.

Lamentavelmente pessoas se servem do poder que exercem, mesmo que provisoriamente e querem a qualquer custo deixarem suas ferraduras sem a preocupação de prejuízos ou marcas nunca cicatrizante em uma população.

Pois foi assim, não sei quem, mas alguém por todos os interesses, idealizou ao invés de encontrar em centenas de locais excelentes para a construção da Arena, idealizou a demolição do machadão. Não seria menos custo apenas a construção ao invés da demolição? Não seria o óbvio pela escassez de praças de esporte na capital, deixar o machadão para o campeonato estadual já que o nosso futebol é paupérrimo e certamente não terá as condições necessárias de arcar com o ônus de uma competição pobre no novo estádio? Será que não seria viável deixar a arena para grandes eventos já que será privatizada? Para as partidas importantes do campeonato brasileiro que tem renda e público?

Como derrubam uma praça de esporte, aliás, uma não, duas e não se repõe? São perguntas que certamente já se sabia antes, mas os interesses outros, a ganância a intolerância que fica impunemente para todos nós prevaleceu, agora sem ter mais o que fazer a não ser assistir como sempre assisto quase todas as manhãs o cenário triste das lágrimas que caem no rosto de pessoas que ainda hoje se postam em frente a essa catástrofe e lamentam de todas as formas.

Tem pessoas que são sádicas, tem pessoas que vivem toda uma vida em busca de sentirem um grande orgasmo e não conseguem. Certamente essas pessoas devem agora estar bem próximas de sentirem os seus primeiros, na proporção em que o nosso machadão termina também de cair por terra.

Natal ainda continua sendo uma cidade provinciana, por que assim são os gestores que não tem o menor interesse em ver o crescimento, o desenvolvimento e o progresso da nossa capital do nosso Rio Grande do Norte.

Não se moderniza nada, tudo que se tem feito por Natal nos últimos trinta anos não passou de gambiarra que causa os prejuízos e os transtornos futuros, como sofre hoje a população com as seqüelas das incompetências transformadas na falta de medidas estruturastes que pudessem da à população a condição da verdadeira mobilidade.

Não há como se entrar hoje em Natal sem o sofrimento dos empacotamentos dos veículos que se empilham, não há retornos para um livre escoamento do trânsito, não há se quer semáforos modernos, placas suficientes para uma boa orientação no trânsito. A população se torna a cada dia refém das incompetências, do sadismo, das mexidas que alguns engenheiros loucos fazem para atrapalharem cada vez mais o trânsito da capital e a vida do cidadão que paga seus tributos para se tornarem reféns das incompetências.

Natal tem sido uma capital movida pelas gambiarras de alguns loucos que provisoriamente passam pelo poder.

Por: Francisco Oliveira

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