10 abril 2010

ADMINISTRAÇÃO DE MICARLA NÃO AVANÇA E MÉDICOS VÃO PARAR SEGUNDA-FEIRA

A Secretaria de Saúde de Natal contatou o Sindicato dos Médicos para tentar adiar a paralisação de 12 horas que os profissionais do município realizam segunda-feira (12), e marcar uma reunião com a categoria. Mas o Sinmed/RN, através do presidente Geraldo Ferreira, disse que vai manter a data da mobilização, que inicia às 7 horas e segue até às 19 horas.A justificativa é que os salários propostos até agora pela SMS não proporcionam uma melhoria real nos vencimentos atuais. Durante o período de suspensão das atividades, uma equipe vai visitar as unidades de saúde com condições mais precárias de atendimento. A relação inclui os Pronto-Atendimentos de Bom Pastor e Rocas, Hospital da Mulher e locais onde funcionam o Programa de Saúde da Família (PSF).Na opinião de Ferreira, este último é o mais problemático. “Em alguns PSF não dá para exercer a medicina e o centro cirúrgico do Hospital da Mulher nunca funcionou, ou seja, o local é apenas uma casa de parto”, critica. “Vamos esclarecer à população que a suspensão das atividades busca uma melhoria da qualidade do atendimento”.No que diz respeito à questão salarial, a proposta da SMS é de que o médico concursado de 20 horas receba inicialmente R$1.500,00, e o dobro para o de 40 horas. Hoje, os valores são de R$520,00 para a jornada de 20 horas e R$1.050,00 para o dobro do tempo de serviço. Porém, existem as gratificações que podem chegar a R$1.250,00 dependendo da especialidade, e que seriam perdidas no caso do aumento do salário base.“Perdendo as gratificações, trocaríamos seis por meia dúzia. Os médicos que já fazem parte do quadro não teriam a redução porque é um direito trabalhista, mas os que entraram não contariam com esses valores e receberiam menos do que os que já estão”, comenta presidente do Sinmed/RN.Outro argumento dos médicos é que a proposta é díspar do que é pago hoje na rede estadual, quase em 50%. “O rendimento inicial para o médico do Estado é de R$5.600,00 para 40 horas, e R$2.800,00 para 20 horas. O valor que o Município paga desestimula os profissionais, que comumente pedem redução da carga horária para poder atuar no Estado e na rede privada”, acrescenta Geraldo.Ainda pela sugestão do Município, em fim de carreira o médico se aposentaria recebendo R$4.400,00, enquanto no Estado o valor seria de aproximadamente R$9.300,00. “Pedimos um salário semelhante ao do Estado”, conclui.

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