Dona Januária Umbelino dos Santos tem poucas esperanças que o marido José Batista dos Santos, com quem está casada há 49 anos, sobreviva ao quadro agudo provocado por por suspeita leptospirose contraída às margens da lagoa de Cruzeta, município a 180 km de Natal, no Seridó.Foto: Marcelo BarrosoMoradores revelaram que na lagoa sempre há lixo, carcaça de animais e até mesmo fezes humanas.
Na quarta-feira da semana retrasada, ele se queixou de uma forte dor de cabeça. Do Hospital Maternidade de Cruzeta, o agricultor foi encaminhado para o Hospital de Currais Novos e mandado de volta para casa. Depois de pagar exames laboratoriais do próprio bolso, em Cruzeta, foi levado de urgência para o Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, onde seu estado é considerado grave.
Quase ao mesmo tempo em que José Batista, 74 anos, sucumbia à zoonose, provocada pelo contato com a urina de ratos, outros agricultores que trabalhavam arrancando capim das margens da Lagoa de Cruzeta para alimentar o gado, sentiram os mesmos sintomas. O primeiro da lista é conhecido na região como “Tico da Fazenda” ou Francisco Lima dos Santos. Depois dele, Zé Melé, cujo estado de saúde é o mais grave. O terceiro foi José Pereira, mais conhecido como Dedeca. O quarto e último trabalhador contaminado é conhecido na cidade como De Assis.Todos os casos ocorreram quase ao mesmo tempo e levaram técnicos da Secretara Estadual de Saúde, Secretaria de Saúde de Cruzeta e Sucam a inspecionarem, há 15 dias, a área no entorno da lagoa. Ali, as invasões de casas se aproximaram muito do manancial, de onde moradores sem acesso à água encanada da Caern ainda se servem para beber, cozinhar e lavar roupa.
Do centro de Cruzeta até à lagoa não são nem dois quilômetros de distância. No entorno, muitos arrendatários vivem da retirada da grama que brota do charco, usando apenas botas de borracha de cano curto para a proteção contra cobras. A grama recolhida para o gado da região divide eventualmente espaço com algum sorgo. Era numa dessas pequenas plantações que Tico da Fazenda, o primeiro a contrair leptospirose, queixou-se ao companheiro José Etelvino Filho dos primeiros incômodos.“Lembro que o Tico estava com uma ferida na perna que virou íngua e ele não parava de se queixar”, lembra José Etelvino, dias antes de o amigo ser levado às pressas para Natal.O filho de Tico, Fabiano, foi obrigado a vir de Goiânia para fazer a colheita de capim na ausência do pai. Recém chegado a Cruzeta, com hábitos da cidade, Fabiano ficou indignado com a situação. “Não é surpresa o que aconteceu ao pai”, disse ontem pela manhã, apontando para carcaças de um animal doméstico jogado perto da lagoa.
Na quarta-feira da semana retrasada, ele se queixou de uma forte dor de cabeça. Do Hospital Maternidade de Cruzeta, o agricultor foi encaminhado para o Hospital de Currais Novos e mandado de volta para casa. Depois de pagar exames laboratoriais do próprio bolso, em Cruzeta, foi levado de urgência para o Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, onde seu estado é considerado grave.
Quase ao mesmo tempo em que José Batista, 74 anos, sucumbia à zoonose, provocada pelo contato com a urina de ratos, outros agricultores que trabalhavam arrancando capim das margens da Lagoa de Cruzeta para alimentar o gado, sentiram os mesmos sintomas. O primeiro da lista é conhecido na região como “Tico da Fazenda” ou Francisco Lima dos Santos. Depois dele, Zé Melé, cujo estado de saúde é o mais grave. O terceiro foi José Pereira, mais conhecido como Dedeca. O quarto e último trabalhador contaminado é conhecido na cidade como De Assis.Todos os casos ocorreram quase ao mesmo tempo e levaram técnicos da Secretara Estadual de Saúde, Secretaria de Saúde de Cruzeta e Sucam a inspecionarem, há 15 dias, a área no entorno da lagoa. Ali, as invasões de casas se aproximaram muito do manancial, de onde moradores sem acesso à água encanada da Caern ainda se servem para beber, cozinhar e lavar roupa.
Do centro de Cruzeta até à lagoa não são nem dois quilômetros de distância. No entorno, muitos arrendatários vivem da retirada da grama que brota do charco, usando apenas botas de borracha de cano curto para a proteção contra cobras. A grama recolhida para o gado da região divide eventualmente espaço com algum sorgo. Era numa dessas pequenas plantações que Tico da Fazenda, o primeiro a contrair leptospirose, queixou-se ao companheiro José Etelvino Filho dos primeiros incômodos.“Lembro que o Tico estava com uma ferida na perna que virou íngua e ele não parava de se queixar”, lembra José Etelvino, dias antes de o amigo ser levado às pressas para Natal.O filho de Tico, Fabiano, foi obrigado a vir de Goiânia para fazer a colheita de capim na ausência do pai. Recém chegado a Cruzeta, com hábitos da cidade, Fabiano ficou indignado com a situação. “Não é surpresa o que aconteceu ao pai”, disse ontem pela manhã, apontando para carcaças de um animal doméstico jogado perto da lagoa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário