A senadora Marina Silva cutucou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, insinuando que ela é inexperiente para coordenar as negociações do Brasil em Copenhague, na Dinamarca. Marina lembrou que participa de encontros climáticos desde 2003 e que o processo é muito complexo para a compreensão.
- Para os que estão iniciando, é muito importante ficar atento para não cometer confusões - afirmou a ex-ministra do Meio Ambiente, ao responder ao Terra sobre os recursos que o Brasil estaria disposto a oferecer - mais precisamente, a não oferecer -, de acordo com afirmações de Dilma feitas ontem.
Procurada pelo Terra, a assessoria de imprensa da Casa Civil ainda não respondeu se Dilma comentará as declarações.
O Brasil se recusa a contribuir com o Fundo Global de Mudanças Climáticas, alegando que essa responsabilidade é apenas dos países ricos, que emitem gases de efeito estufa há muito mais tempo do que os emergentes. Marina, no entanto, cobrou novamente que o Brasil entre com alguma parcela, em uma ação simbólica para constranger "eticamente" os países ricos a aumentar suas contribuições para ajudar os pobres a reduzirem emissões de CO2.
Ela defende que Lula apresente uma oferta de U$S 1 bilhão, que representa 10% do que propôs a União Europeia. - Para reverter essa posição, não é apenas com cooperação ou esforços nacionais (Dilma prometeu U$S 5 bilhões para ações no próprio Brasil. É aportando recursos concretos - afirmou.
- Um país que emprestou 10 bilhões para o FMI pode aportar também para evitar o colapso de várias populações, especialmente as pequenas ilhas - disse Marina, para quem a decisão brasileira deve ser reconsiderada pelo presidente.
De acordo com Marina, o governo sequer teria apresentado metas voluntárias de redução de emissões de CO2 se a sociedade e o Ministério do Meio Ambiente não tivessem pressionado até o Brasil agir. - Há quatro meses, esse assunto não era uma prioridade do governo e a pressão trouxe as altas autoridades do governo para cá. É fundamental que eles não voltem sem o compromisso de aportar recursos para o fundo de apoio para os países mais vulneráveis - acrescentou.
Ela ainda disse que as ações de cooperação entre os países pobres são importantes, mas não suficientes para ajudar as nações miseráveis a se preparar para as mudanças climáticas.
Marina chegou em Copenhague no sábado e desde então vem participando diariamente de painéis paralelos na Conferência do Clima. Muito respeitada entre as Organizações Não-Governamentais pela defesa da Amazônia, ela circula na conferência como se estivesse em casa, com a diferença de que a toda a hora tem de parar para conversar com parceiros da causa ou admiradores do seu trabalho.
- A garra dela é famosa até na China. É uma defensora do meio ambiente imbatível - afirmou o jornalista chinês Shi Tao, enquanto acompanhava uma coletiva de imprensa de Marina nesta manhã. Hoje, ela discursou em uma palestra organizada pelo Greenpeace, e no domingo havia falado para uma plateia lotada no Klimateforum, um evento que acontece no centro da cidade com entrada livre. Na ocasião, subiu ao palco ao lado do ambientalista francês José Bové - famoso por destruir plantações transgênicas ao redor do mundo, inclusive no Brasil.
Na terça-feira, Marina havia sido aclamada ao tomar a palavra por uma plateia majoritariamente brasileira que assistia um evento no QG da delegação, e que tinha o atual ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o governador de São Paulo, José Serra, como principais palestrantes. Serra aproveitou o momento para deixar claro o carinho que mantém pela senadora, a quem chamou de "amiga pessoal" - mesmo se os dois são adversários potenciais nas próximas eleições presidenciais, em 2010.
- Para os que estão iniciando, é muito importante ficar atento para não cometer confusões - afirmou a ex-ministra do Meio Ambiente, ao responder ao Terra sobre os recursos que o Brasil estaria disposto a oferecer - mais precisamente, a não oferecer -, de acordo com afirmações de Dilma feitas ontem.
Procurada pelo Terra, a assessoria de imprensa da Casa Civil ainda não respondeu se Dilma comentará as declarações.
O Brasil se recusa a contribuir com o Fundo Global de Mudanças Climáticas, alegando que essa responsabilidade é apenas dos países ricos, que emitem gases de efeito estufa há muito mais tempo do que os emergentes. Marina, no entanto, cobrou novamente que o Brasil entre com alguma parcela, em uma ação simbólica para constranger "eticamente" os países ricos a aumentar suas contribuições para ajudar os pobres a reduzirem emissões de CO2.
Ela defende que Lula apresente uma oferta de U$S 1 bilhão, que representa 10% do que propôs a União Europeia. - Para reverter essa posição, não é apenas com cooperação ou esforços nacionais (Dilma prometeu U$S 5 bilhões para ações no próprio Brasil. É aportando recursos concretos - afirmou.
- Um país que emprestou 10 bilhões para o FMI pode aportar também para evitar o colapso de várias populações, especialmente as pequenas ilhas - disse Marina, para quem a decisão brasileira deve ser reconsiderada pelo presidente.
De acordo com Marina, o governo sequer teria apresentado metas voluntárias de redução de emissões de CO2 se a sociedade e o Ministério do Meio Ambiente não tivessem pressionado até o Brasil agir. - Há quatro meses, esse assunto não era uma prioridade do governo e a pressão trouxe as altas autoridades do governo para cá. É fundamental que eles não voltem sem o compromisso de aportar recursos para o fundo de apoio para os países mais vulneráveis - acrescentou.
Ela ainda disse que as ações de cooperação entre os países pobres são importantes, mas não suficientes para ajudar as nações miseráveis a se preparar para as mudanças climáticas.
Marina chegou em Copenhague no sábado e desde então vem participando diariamente de painéis paralelos na Conferência do Clima. Muito respeitada entre as Organizações Não-Governamentais pela defesa da Amazônia, ela circula na conferência como se estivesse em casa, com a diferença de que a toda a hora tem de parar para conversar com parceiros da causa ou admiradores do seu trabalho.
- A garra dela é famosa até na China. É uma defensora do meio ambiente imbatível - afirmou o jornalista chinês Shi Tao, enquanto acompanhava uma coletiva de imprensa de Marina nesta manhã. Hoje, ela discursou em uma palestra organizada pelo Greenpeace, e no domingo havia falado para uma plateia lotada no Klimateforum, um evento que acontece no centro da cidade com entrada livre. Na ocasião, subiu ao palco ao lado do ambientalista francês José Bové - famoso por destruir plantações transgênicas ao redor do mundo, inclusive no Brasil.
Na terça-feira, Marina havia sido aclamada ao tomar a palavra por uma plateia majoritariamente brasileira que assistia um evento no QG da delegação, e que tinha o atual ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o governador de São Paulo, José Serra, como principais palestrantes. Serra aproveitou o momento para deixar claro o carinho que mantém pela senadora, a quem chamou de "amiga pessoal" - mesmo se os dois são adversários potenciais nas próximas eleições presidenciais, em 2010.
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