26 dezembro 2009

A PERGUNTA QUE NÃO QUER ME CALAR: O QUE É QUE HÁ MEU PAÍS, O QUE É QUE HÁ


Tudo que não consigo entender, é como funcionam os poderes, até onde vão suas autonomias, quem pode punir a impunidade, essa tal de imunidade parlamentar que dá ao corrupto o encorajamento de fazer e a certeza de que no máximo abrir-se-á uma CPI e está tudo em casa, quando muito, um afastamento do partido em forma de renúncia, uma cassação aqui, outra ali, mas na justiça comum para colocar os ladrões de colarinho branco por trás das grades, isso é coisa que não temos o hábito de vê acontecer.
Não há a menor intenção da Câmara dos Deputados e do Senado, em mudar a Lei penal e dá ao STJ a condição da aplicabilidade da Lei de forma mais punitiva, mais severa, onde a cidadania brasileira se sinta recompensada e segura de que nesse país todos serão iguais perante as Leis e pagarão na íntegra pelos crimes cometidos. Aliás, no mundo da imaginação, não entendo também porque não é o STJ a instância responsável por criar a Lei penal e aplicabilidade da mesma!
VAMOS LEMBRAR COMIGO?
Apenas com o apoio de 49 senadores e com um fraterno abraço de Renan Calheiros, sem o apoio da maioria do Congresso Nacional, com a insatisfação de brasileiros que ainda tentaram protestar sem sucesso em algumas cidades brasileiras iniciando passeatas, o Presidente do Senado passou a conviver com muitas denúncias que o envolveram e que manchou a honra do povo brasileiro, ficando até hoje no esquecimento da impunidade.
Apesar de tantos escândalos, até chegar o dia 10 de junho quando pelo menos 300 medidas administrativas deixaram de ser publicadas, se tornando portanto atos secretos, que Sarney pressionado sobe a tribuna e diz ao Brasil: “ A crise não é minha, a crise é do Senado”. Isso fez calar a todos como se o poder fosse de Sarney emanado por ele e ele é a Lei do Brasil, quando o poder emana do povo e só um dia com a necessidade de mudar não só os maus políticos, mas o seu próprio sofrimento causado pelas decisões de maus legisladores, talvez possam gritar paz e saúde para a verdadeira democracia, já que ela representa o pilar maior de sustentação dos direitos e da livre cidadania.

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