09 março 2008

DIA INTERNACIONAL DA MULHER, DEVEMOS COMEMORAR OU SENTIR NA PELE A OUTRA FACE DA REALIDADE?

Nada contra aos que comemoram da forma como acham conveniente, nada contra aos que dão flores, nada contra aos que beijam suas mães, esposas, amigas,colegas etc, nada contra aos que escolhem e presenteiam as mais belas, as mais abastardas da sociedade e em solenidade nas Assembléias, nas, nas Câmaras Municipais, nada contra!
Eu também tenho o meu jeito de comemorar esse dia importante na vida de toda mulher. Quero antes, parabenizar em nome da minha esposa, em nome de minha mãe que Deus a levou outro dia, ( lágrimas ) a todas as mulheres, de todas as raças, de todas as crenças e de todas as idades. A você mulher a quem Deus concedeu o maior de todos os dons da vida, que é o de gerar no seu ventre a vida, essa criatura que Deus criou como uma fortaleza, ao contrário dos que as consideram frágeis, é ela, a mulher a quem devemos tanto e não as valorizamos, essa mulher que reclama da fadiga, do sono, da injustiça, da incompreensão, essa mulher que incansavelmente nos acompanha nos primeiros passos para a vida, nas primeiras palavras para o saber, essa mulher que com o leite do seu próprio corpo, da início ao sustento do nosso corpo e nos fortalece para uma vida saudável, essa mulher que com cada toque sutil que somente ela sabe dar, nos dar banho,troca nossas roupas, coloca perfume e ainda sente o prazer de levar-nos ao portão ao encontro do marido e nos faz entender através de uma palavra “Papai”, que ali está para ela o sustentáculo e a alegria da vida.
Por tudo isso e muito mais, devemos amar de todas as formas, todas as mulheres e agradecer a Deus por poder ter o presente sagrado de ter ao seu lado, no lar, no trabalho, na amizade e em todas as formas de convivência, uma mulher as quais parabenizo nesse meu editorial.
Quero também junto com meus leitores tenho certeza, de parabenizar as que sofrem injustamente, as que ainda passam fome nesse país, principalmente a D. ... que esperava na sala de sua casinha humilde, seu netinho de aproximadamente sete anos, chegar com o queixo de uma reis abatida, para colocar na panela de feijão como forma de botar o gosto no feijão de uma carne que não sabe que gosto tem, de D. ... que assisti desde o momento em que sua filha a deixou em um abrigo de velhinhos, quando vi seus olhos caírem as lágrimas que só pararam no dia de sua morte e que ali ficou desprezada por quem ela dera toda sua vida, a D. ... que pede nos sinais de Natal, como tantas outras, porque o que ganha de uma miserável aposentadoria, não compra se quer a medicação para na velhice se manter viva, a todas as Marias que nos lixões, tiram muitas vezes o alimento apodrecido para alimentar seus filhos e netos, pois são elas elementos de uma sociedade cruel, injusta, de um país que não cuida bem da mulher seja ela, criança, jovem, adulta, idosa, não importa, todas são mulheres.
Nesse editorial, queremos prestar as nossas homenagens a todas as mulheres, ricas, pobres, pretas ou brancas,novas ou velhas, a você mulher a quem me curvo e as quais devemos tanto! Minha opinião de sertanejo do Seridó.
E-mail: francisquinhooseridoense@gmail.com

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