26 março 2008

PLANTIO DE SEMENTES COMEÇA NO INTERIOR DO ESTADO

Ao todo, são mais de 180 toneladas de sementes que vem abastecendo os 441 bancos de todo o Estado. As regiões do Alto Oeste em Pau dos Ferros, Umarizal, Mossoró e Assu já estão recebendo as sementes. Em Caicó e Currais Novos os bancos já foram reabastecidos.
Até a próxima sexta-feira (28), a Secretaria da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape) pretende encerrar as demais regiões: São Paulo do Potengi, João Câmara, Santa Cruz e São José de Mipibu. A recomendação do Programa do Banco de Sementes é que o agricultor plante e faça a colheita devolvendo o dobro de sementes que ‘pegaram emprestado’ para fazer estoque. A pretensão é que no ano seguinte, com o estoque do banco, ele possa ou aumentar o plantio, ou convidar novos agricultores familiares para participar do programa. O monitoramento dos bancos é realizado pela Sape e o auxílio técnico pelo Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado (Emater).
O gerenciamento é realizado por um agricultor responsável. "As vantagens que conseguimos com o programa é que, com o levantamento realizado junto à Emater e comunidades rurais, os gestores públicos podem se preparar para o próximo inverno", diz o coordenador do programa na Sape, Antônio Carlos Magalhães Alves. Exemplo disso é que no ano passado os agricultores conseguiram levantar um estoque de 70 toneladas de sementes que já foram plantadas assim que as chuvas iniciaram.

No entanto, embora o objetivo do programa seja tornar o agricultor independente, não tendo necessidade de a secretaria ter de reabastecer o banco todo ano, não é o que vem acontecendo desde que o programa entrou em vigor, em 2005.
Segundo o coordenador, isso acontece porque as chuvas não têm sido satisfatórias. "Em 2007, como choveu pouco em algumas regiões, como a do Trairi, os bancos tiveram 100% de perda. Questionado sobre a previsão de um bom inverno para este ano, segundo dados da Emparn, Antônio Magalhães esclareceu que é preciso diferenciar quantidade e distribuição de chuvas.
O coordenador explica que quantidade não é qualidade. "Em alguns lugares já choveu mais de 500 milímetros (quantidade que estava prevista para o inverno todo), mas em razão disso, algumas culturas podem até chegar a ser perdidas." Devido ao atraso do início do período chuvoso no interior do Estado este ano, Antônio Carlos Magalhães afirma que só poderá ter uma perspectiva de safra no final de abril, pois em várias regiões o plantio só está começando agora.

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