A elevação no preço da gasolina e do etanol (álcool), adotada em Natal desde a terça-feira (2), já causa estranhamento por parte dos consumidores. O litro do derivado de petróleo, que em alguns estabelecimentos chegava a R$ 2,69, foi reajustado entre onze e quinze centavos, de acordo com a distribuidora e a bandeira dos postos.Contudo, alguns estabelecimentos ainda permanecem com o preço antigo. A explicação é que postos com menor circulação de carros ainda comportam a gasolina ou etanol de comprados antes do reajuste. É o caso de um posto localizado na Avenida Mor Gouveia.A proprietária Telma Flor explicou que o valor do litro, R$ 2,69, não foi alterado desde o anúncio do reajuste na última segunda-feira (1). No entanto, admitiu que a alteração no preço do litro dos combustíveis será repassada aos consumidores até esta sexta-feira (5).“Não tem como não repassar o aumento porque a gasolina já vem com o preço elevado da distribuidora. Até o momento não ouvi ninguém reclamando, mas isso vai acontecer justamente por não podermos segurar os valores”, declarou.No momento da reportagem, o técnico de reparos em geladeira José Luiz abastecia o automóvel. Mesmo não sentindo ainda o aumento, ele destacou que não entende o motivo do reajuste e disse que a elevação “dificulta para quem trabalha com o carro”.No posto de outra bandeira situado na Avenida Engenheiro Roberto Freire, bugueiros debatiam sobre os novos valores dos combustíveis. Péricles Soares, que trabalha há 22 anos no trecho entre Genipabu-Ponta Negra, questionou o aumento ao fazer a referência do Brasil como auto-suficiente em petróleo.O profissional falou ainda que a alternativa, diante da elevação dos preços do etanol e da gasolina, é a utilização do GNV, o gás natural. “Se eu tivesse que rodar com álcool, gastaria R$ 55; se usar a gasolina, gasto R$ 40 porque a autonomia de quilometragem é maior. Já com o gás natural, faço o mesmo percurso com R$ 18”, frisou.
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