23 fevereiro 2010

UNIVERSITÁRIO É VÍTIMA DE SEQUESTRO RELÂMPAGO NO PRIMEIRO DIA DE AULA DA UFRN

O primeiro dia de aula na universidade pode ser traumatizante para algumas pessoas, muito pelo impacto causado pela diferença entre a forma de ensino trabalhada nos colégios e na faculdade. No entanto, para um estudante de 18 anos – que teve o nome preservado a pedido da família – esse primeiro dia será traumático devido à violência. Ele começaria ontem (22) o curso de Comunicação Social – Rádio e TV na UFRN, mas antes de chegar a Universidade Federal, foi vítima de um sequestro relâmpago e ficou por cerca de 50 minutos em poder dos bandidos.
O jovem foi raptado quando saía da casa onde mora no bairro de Morro Branco, zona Sul de Natal, em direção a UFRN para a primeira aula, por volta das 13h30. Dois homens armados, aparentando ter cerca de 20 anos, o abordaram e o forçaram a entrar dentro de um carro de cor branca – modelo não identificado.
A partir daí, o jovem passou por quase uma hora de xingamentos e humilhações simplemente por não ter dinheiro na carteira. “Como é que você não tem nada? Como é que seus pais não te dão dinheiro?”, ficavam perguntando para o garoto, segundo informou à TRIBUNA DO NORTE o pai dele, um profissional da área de comunicação que trabalha em Mossoró. “Eles só acreditaram que meu filho não tinha dinheiro quando ele mostrou o extrato da conta dele no banco”, afirmou o pai da vítima.Depois raptar o rapaz em Morro Branco, a dupla seguiu pela Salgado Filho até a Praia do Meio, pegou a Via Costeira, chegou a Ponta Negra, depois, pela Roberto Freire, entrou na BR-101. Durante todo o percusso, o estudante ficou no banco de trás do veículo, ao lado de um dos bandidos, e com um revólver apontado para seu abdômen.
O universitário foi liberado próximo ao viaduto de Parnamirim. “Ele contou que um dos bandidos recebeu um telefonema e disse ‘deixa esse moleque e vamos embora’”. A dupla foi embora mesmo, levando a carteira com os documentos do estudante, além do relógio e do aparelho celular dele.Esse foi o quinto assalto sofrido pelo jovem de 18 anos – dois em Mossoró, dois em Natal e um na Praia de Pipa. Todos eles, a mão armada. “Graças a Deus, além do drama psicológico e subtração de poucos bens, nada de pior ocorreu a ele”, afirmou o pai do jovem.

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