Se tivesse vivo, Ayrton Senna completaria, hoje, 50 anos, em meio a várias iniciativas realizadas no Brasil para celebrar a data.
No Corinthians, do qual Senna era torcedor, os jogadores usaram durante a partida de hoje uma fita, em memória do piloto, enquanto sua vida será o tema dominante do 50º Salão do Automóvel de São Paulo.
Presente no coração de todos os brasileiros, Ayrton Senna da Silva acumulou em sua carreira de títulos no automobilismo, recordes nas pistas, fama e glória internacionais. Mas o prêmio que ele mais valorizava ainda se mantém vivo depois da trágica morte que o tirou de seus fãs no dia 1o. de maio de 1994: o de ser um dos esportistas mais queridos.
Senna ou Ayrton, como todos o chamavam, foi depois do jogador de futebol Pelé, o maior ídolo do esporte brasileiro na História. Motivo de orgulho nacional, um fator de renascimento da autoestima do brasileiro.
Os brasilenos recordarão para sempre os três campeonatos mundiais de Fórmula 1 que ele venceu em 1988, 1990 e 1991; as 41 vitórias, as 65 "poles", as seis vitórias dele em Mônaco e a inumerável coleção de manobras impossíveis que tornaram o piloto famoso.
Ayrton era o "Rei da Chuva", por sua habilidade e estilo nas pistas molhadas, o "Rei de Mônaco", porque ninguém venceu mais GPs do que ele em Montecarlo, e o "Rei das pistas", por motivos que para os brasileiros sempre foram óbvios.
O que os brasileiros lembram com maior intensidade são as voltas da vitória e a performance do piloto nos pódios, sempre exibindo a bandeira do Brasil numa demonstração de orgulho de ser brasileiro em meio à elite do automobilismo mundial.
Entre 1985 e 1994, seguir pela TV as espetaculares manobras de Senna virou um ritual sagrado, um costume dos brasileiros, que a trágica morte do piloto transformou num vazio. Até agora ele não tem substituto. Possivelmente nunca terá.
Nascido num país que tinha dado ao mundo pilotos como Emerson Fittipali, Wilson Fittipaldi, José Carlos Paci e Nelson Piquet, Senna levou seu talento a ser considerado sem sombra de dúvidas um dos maiores pilotos da Formula 1 de todos os tiempos, comparado a heróis como Juan Manuel Fangio ou Jim Clark.
A extraordinária capacidade competitiva de Senna era uma soma de três fatores que raramente aparecem juntos: profundo conhecimento de mecânica e eletrônica, coragem fora do comum para arriscar tudo numa manobra, e tenacidade quase sobrenatural para superar dificuldades.
Os mecânicos que trabalharam com Senna dizem que as observações dele após poucas voltas eram tão precisas como as medições eletrônicas.
Segundo o ex-diretor de sua equipe, Peter Warr, "Senna era capaz de determinar em que ponto do circuito o carro dele gastava um decilitro de gasolina a mais. Nessa época, a Lotus de Senna tinha motor turbo, e esse controle era quase impossível de ser feito. Mas ele o fazia com precisão de relógio suíço".
O ex-piloto John Watson contou que, certa vez, numa volta de classificação, foi cortado por Senna numa curva, e o que viu jamais esquecerá.
"Nunca tinha visto alguém pilotar daquele jeito. Em plena curva, Ayrton estava freando, reduzindo a marcha, girando o volante, acelerando e mantenendo a pressão do turbo. Parecia um polvo. Ver essa habilidade cerebral de separar os componentes e juntá-los com essa coordenação foi um privilégio", contou.
Outro mecânico de Senna da escuderia McLaren disse que "Ayrton conseguir falar durante cada volta, narrando o comportamento do motor e a suspensão em cada instante, em cada curva". "E isso sobre uma corrida inteira, volta a volta".
Senna construiu sua glória em duelos inesquecíveis com um dos maiores pilotos da história da categoria, o francês Alain Prost, "O Professor".
Os dois correram na McLaren em 1988 e 1989. Ambos ganharam um campeonato mundial cada, mas ficou claro que a coexistência dos dois numa mesma equipe era impossível.
Prost se transferiu para a Ferrari em 1990 e Senna continuou os outros três anos na McLaren. Os duelos dos dois nas pistas certamente se incluem entre os mais emocionantes da categoria.
Em 94 parecia que Senna seria imbatível, já que assinara um contrato com a escuderia Williams. Mas os carros já não eram os mesmos de duas temporadas anteriores, o então jovem Michael Schumacher, a bordo de um Benetton, era um rival cada vez mais perigoso.
Nas três primeiras corridas de 94, Senna largou na pole position, mas não terminou nenhuma delas.
No dia primeiro de maio desse ano, na sétima volta do Grande Prêmio de San Marino, no circuito de Imola, o carro de Senna saiu da pista na fatídica curva Tamburello e se chocou contra um muro a mais de 250 quilômetros por hora.
Senna foi atendido na pista e trasladado de urgência para um hospital, mas uma peça da suspensão lhe havia despedaçado parte do crâneo. Os esforços para reanimá-lo foram inúteis. O automobilismo mundial perdia assim um campeão como poucos em sua história.
A chegada do corpo de Senna em sua cidade natal, São Paulo, foi emocionante, com mais de três milhões de pessoas acompanhando o cortejo fúnebre, recebido com honras de chefe de Estado.
Um anônimo admirador que aguardava a passagem do cortejo mostrou um cartaz que resumiu a tristeza reinante: "Ayrton morreu. Que faremos agora?".
No Corinthians, do qual Senna era torcedor, os jogadores usaram durante a partida de hoje uma fita, em memória do piloto, enquanto sua vida será o tema dominante do 50º Salão do Automóvel de São Paulo.
Presente no coração de todos os brasileiros, Ayrton Senna da Silva acumulou em sua carreira de títulos no automobilismo, recordes nas pistas, fama e glória internacionais. Mas o prêmio que ele mais valorizava ainda se mantém vivo depois da trágica morte que o tirou de seus fãs no dia 1o. de maio de 1994: o de ser um dos esportistas mais queridos.
Senna ou Ayrton, como todos o chamavam, foi depois do jogador de futebol Pelé, o maior ídolo do esporte brasileiro na História. Motivo de orgulho nacional, um fator de renascimento da autoestima do brasileiro.
Os brasilenos recordarão para sempre os três campeonatos mundiais de Fórmula 1 que ele venceu em 1988, 1990 e 1991; as 41 vitórias, as 65 "poles", as seis vitórias dele em Mônaco e a inumerável coleção de manobras impossíveis que tornaram o piloto famoso.
Ayrton era o "Rei da Chuva", por sua habilidade e estilo nas pistas molhadas, o "Rei de Mônaco", porque ninguém venceu mais GPs do que ele em Montecarlo, e o "Rei das pistas", por motivos que para os brasileiros sempre foram óbvios.
O que os brasileiros lembram com maior intensidade são as voltas da vitória e a performance do piloto nos pódios, sempre exibindo a bandeira do Brasil numa demonstração de orgulho de ser brasileiro em meio à elite do automobilismo mundial.
Entre 1985 e 1994, seguir pela TV as espetaculares manobras de Senna virou um ritual sagrado, um costume dos brasileiros, que a trágica morte do piloto transformou num vazio. Até agora ele não tem substituto. Possivelmente nunca terá.
Nascido num país que tinha dado ao mundo pilotos como Emerson Fittipali, Wilson Fittipaldi, José Carlos Paci e Nelson Piquet, Senna levou seu talento a ser considerado sem sombra de dúvidas um dos maiores pilotos da Formula 1 de todos os tiempos, comparado a heróis como Juan Manuel Fangio ou Jim Clark.
A extraordinária capacidade competitiva de Senna era uma soma de três fatores que raramente aparecem juntos: profundo conhecimento de mecânica e eletrônica, coragem fora do comum para arriscar tudo numa manobra, e tenacidade quase sobrenatural para superar dificuldades.
Os mecânicos que trabalharam com Senna dizem que as observações dele após poucas voltas eram tão precisas como as medições eletrônicas.
Segundo o ex-diretor de sua equipe, Peter Warr, "Senna era capaz de determinar em que ponto do circuito o carro dele gastava um decilitro de gasolina a mais. Nessa época, a Lotus de Senna tinha motor turbo, e esse controle era quase impossível de ser feito. Mas ele o fazia com precisão de relógio suíço".
O ex-piloto John Watson contou que, certa vez, numa volta de classificação, foi cortado por Senna numa curva, e o que viu jamais esquecerá.
"Nunca tinha visto alguém pilotar daquele jeito. Em plena curva, Ayrton estava freando, reduzindo a marcha, girando o volante, acelerando e mantenendo a pressão do turbo. Parecia um polvo. Ver essa habilidade cerebral de separar os componentes e juntá-los com essa coordenação foi um privilégio", contou.
Outro mecânico de Senna da escuderia McLaren disse que "Ayrton conseguir falar durante cada volta, narrando o comportamento do motor e a suspensão em cada instante, em cada curva". "E isso sobre uma corrida inteira, volta a volta".
Senna construiu sua glória em duelos inesquecíveis com um dos maiores pilotos da história da categoria, o francês Alain Prost, "O Professor".
Os dois correram na McLaren em 1988 e 1989. Ambos ganharam um campeonato mundial cada, mas ficou claro que a coexistência dos dois numa mesma equipe era impossível.
Prost se transferiu para a Ferrari em 1990 e Senna continuou os outros três anos na McLaren. Os duelos dos dois nas pistas certamente se incluem entre os mais emocionantes da categoria.
Em 94 parecia que Senna seria imbatível, já que assinara um contrato com a escuderia Williams. Mas os carros já não eram os mesmos de duas temporadas anteriores, o então jovem Michael Schumacher, a bordo de um Benetton, era um rival cada vez mais perigoso.
Nas três primeiras corridas de 94, Senna largou na pole position, mas não terminou nenhuma delas.
No dia primeiro de maio desse ano, na sétima volta do Grande Prêmio de San Marino, no circuito de Imola, o carro de Senna saiu da pista na fatídica curva Tamburello e se chocou contra um muro a mais de 250 quilômetros por hora.
Senna foi atendido na pista e trasladado de urgência para um hospital, mas uma peça da suspensão lhe havia despedaçado parte do crâneo. Os esforços para reanimá-lo foram inúteis. O automobilismo mundial perdia assim um campeão como poucos em sua história.
A chegada do corpo de Senna em sua cidade natal, São Paulo, foi emocionante, com mais de três milhões de pessoas acompanhando o cortejo fúnebre, recebido com honras de chefe de Estado.
Um anônimo admirador que aguardava a passagem do cortejo mostrou um cartaz que resumiu a tristeza reinante: "Ayrton morreu. Que faremos agora?".
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