20 janeiro 2012

DIABETES MELLITUS

O Diabetes Mellitus é uma das mais prevalentes doenças clinico-metabólica do mundo. Em nosso país cerca de 8-9 % da população apresenta Diabetes o que corresponde a um problema preocupante de saúde pública, pois o não controle adequado da glicemia resulta em importantes complicações sistêmicas.

O Diabetes Mellitus é sub-dividido entre dois grandes grupos: tipo 1 acomete em especial crianças e jovens e necessita de reposição diária e continua de insulina subcutânea pois as células beta do pâncreas, responsáveis pelo secreção deste hormônio, são destruídas por um processo autoimune.

O Diabetes Tipo 2 geralmente inicia-se na vida adulta e em cerca de 80% associa-se a sobrepeso e/ou obesidade e tem um rico componente hereditário e familial. Neste grupo a terapêutica inicial é farmacológica com o uso de hipoglicemiantes orais.
Jornal do Brasil

Num pequeno percentual deste grupo há também a necessidade do uso de insulina. Embora o Diabetes esteja em ascensão na sociedade moderna e suas complicações, perda da acuidade visual, microangiopatia com isquemia de vários órgãos, nefropatias com insuficiência renal, esteatose hepática e o conhecido “pé diabético”, sejam por demais ameaçadores, o que tem de favorável é que o paciente determinado e cuidadoso com seus hábitos de vida, tem a possibilidade de bem controlar a doença através de glicemias próximas a normalidade e a Hb glicada abaixo de 7 g %.

O exercício físico frequente e orientado, a manutenção do peso corporal dentro da normalidade, a dieta balanceada e pobre em gorduras e carboidratos associados ao uso das insulinas modernas e dos hipoglicemiantes atuais permitem uma excelente qualidade de vida e pouco altera a longevidade.

O mais importante é nos tornarmos parceiros de nossas necessidades e jamais nos odiar por pequenas mazelas.

José Galvão-Alves é médico, gastroenterologista, presidente da Federação Brasileira de Gastroenterologia e membro da Academia Nacional de Medicina

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